sexta-feira, 24 de novembro de 2023

hello, goodbye

i cried for you...
but i promisse, was the last time.
i cried beacuse of me...
but i promisse, never give up to find my (self)love.

Incrível.
Os dias passam e os sentimentos se condicionam entre a rotina. A lombar teima em nunca parar de doer, ou seriam os rins?
Cada dia um novo questionamento, uma nova troca, figurinhas repetidas. 
Ao tempo que você busca seus processos, dentre o caminho existem abordagens e pedidos de ajuda transpassados de atenção.
Porra, é exatamente isso que minha filha mais reivindica: ATENÇÃO. Verdades difíceis de engolir.
Às vezes aquela carência, aquele momento de desilusão pesada, de deepening sadness.
De ontem para hoje, coisas diferentes e opostas aconteceram. 
Me senti invadida de tantos sentimentos, de tantas questões, tantas desconfianças e inseguranças, com aquele misto de curiosidade adolescente. Seguido de desfechos mais desgastantes ainda. 
Me dediquei muito ao platonismo esquecendo o quanto de vida real eu estava perdendo. 
Senti morrer dentro de mim algo bonito, um sentimento puro, um sentimento antigo. 

"i know you'll be a star... in somebody else sky." (but why can't it be mine?)

Sorte a minha já conhecer o vazio. Sorte a minha não temer mais abraçar as sombras e encarar os períodos necessários para que meu solo aquático absorvesse tantas novidades.
Eu ainda penso em me dedicar aos amores platônicos, porém encontrarei a forma mais saudável de pisar nesse solo, pois em campo de ilusões eu até passo para olhar, mas não piso sem estudar antes.
Sou uma construção das minhas quedas.
Uma grande "humana" remendada em cacos, arranhões e hematomas da vida.
Ontem a rasteira foi cirúrgica e ela era esperada... o que trás um pouco mais de dor, porque era como se nenhuma novidade estivesse sendo exposta. Em agosto, pedi para que morresse dentro de mim aquilo que não me serviria mais, e eram tantos detalhes do passado que apenas estavam aparecendo, me confundindo, mas também indo embora, esvaindo pelos meus dedos. 

E assim se foi, ontem se confirmou. 
O exercício de auto depreciação, ao qual eu não lembro como comecei a praticar, mas tem sido o comportamento obsessivo mais complicado que me veio a consciência. Próxima intenção de cura? Quem sabe. Quem saberá? Estou entregue nas mãos da espiritualidade e a única coisa que não consigo fazer é lutar contra os acontecimentos... não existe controle sobre tantas linhas de vida.


COME inTO MY LIFE FIREBALL OF ACTION.
i really need to learn new things
live new experiences
breathe new airs
smile news laughs

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

E cá estamos numa enxurrada de informações vindas do mais profundo do meu ser. Quando minha Mãe Divina chega eu simplesmente me permito sentir o amor mais inexplicável do mundo!

Nesse espaço só meu, eu permito que minha gratidão seja exposta a cada degrau subido. Cada janelinha aberta. Cada diálogo iniciado... Que honra me permitir estar viva para vivenciar jornadas que me levam de encontro ao meu Eu Divino. 

Pela primeira vez eu me permiti conversar comigo criança. Curas profundas alcançadas, olhadas, acolhidas, entendidas e compreendidas. O quão potente são corações poderosos, energia feminina curandeira... Essência materna e Divina. 

Quando abri meu coração para abraçar a Alininhe, euzinha alí, chorona... me auto depreciando desde criança, acumulando insatisfações emocionais, mantendo em segredo flashs sobre o futuro que muitas vezes se concretizavam. Uma infância cheia de sinais divinos e sem permissão para expressá-las, pois era excluída o suficiente pra nem tentar falar sobre as sensações que não tinham nome. 
Essa Alininhe não lembrava de brincar, eu chorei com ela e pedi perdão por não ter disposição para brincar como ela gostaria de ter feito um dia, pois ainda estamos descobrindo o que gostamos de fazer. Mas ontem, uma fadinha me contou que "aquela criança tava feliz demais tocando instrumento, brincando de música e que era uma delícia de ver aquela pureza" e a oportunidade de me ouvir dentro do entendimento fez um raio de luzes coloridas invadir meu peito,essa fadinha também filha do Mar, não faz idéia do quanto estávamos certas.
De repente tudo serenou num azul familiar, conheço esse balanço... O balanço mais gostoso do mundo, me lembrou quando eu era pequena, nas poucas vezes que conseguia estar dentro do mar, me lembro de ser a primeira a entrar e a última sair, aí quando chegava a noite e deitava pra dormir, eu sentia o balanço das ondas do mar, e pra mim aquilo era pura mágica. 
Mamãe me banhava em silêncio, sem alardes, a hora certa ainda não seria ali de conhecer seu nome. Eu sempre soube que conversava com alguma mãe, eu apenas conhecia a Maria, mãe de Jesus, pois cresci em tradição cristã, e minha alma sempre necessitou estar dentro de 'igreja'. 

Eu sinto.
Tem milagres à caminho!

A sensação de aceitação é muito grande, os sinais são constantes e eu me permito a abrir espaço a minha criança atuar na minha intuição, como criança divina que é. Como a menina quietinha, mas que hoje trabalha sua mediunidade e através dessa descoberta iniciou uma caminhada de autoconhecimento. É tempo de se apropriar dessa força, Alininhe me implorou. E assim ela falou:

"Por que você tá preocupada? Você alcançou seus maiores sonhos, olha direitinho... a gente tá sustentando porque você confia, mas tem sempre que confiar em si, acreditar que Magia Divina não é brincadeira de faz de conta... você não tem Fé nos seus guias? Olha sua coroa que riqueza de Olorum! Deixa eu vir te ajudar, você pediu pro remédio que você tomou da Deusa, pediu TRANSMUTAÇÃO e pediu com tanta fé que a Gente tá aqui pras mironga acontecer... você trouxe sua família, estamos todos aqui, até a Moça veio... olha em volta de você, que bonita tá sua igreja, a gente fica tão feliz quando você tá aqui, quando permite essa magica que é conectar com o mundo espiritual. Lembra quando você tomava a hóstia com o padre? Aquele momento era o mais emocionante da missa, tocavam músicas e você chorava e chorava, e chorava mais ainda quando alguma música alcançava alguma elevação de GHz que fazia ondas de energia passar por seu corpo, pois sua fé sempre permitiu nossa presença na sua vida, hihihi. Você foi uma criança sensível e não dramática, e se esconder atrás de uma Aline Grandona e Responsável acima de qualquer coisa, deixou com que seus prazeres de criança fossem diferente do comum, sua forma de brincar, sua forma de ver a vida não era igual todas as crianças da escola... quando você se conecta com essa dor se esconde na sua concha e implora pra ser invisível e quando você se escondia, não deixava com que ninguém se aproximasse para tentar ajudar.
Pacientemente você cresceu, equilibradamente feliz pois escolheu uma família linda pra fazer parte... até brigando vocês são engraçados! Uhum, a gente vê! Nunca deixamos você completamente sozinha e você sabe disso... Nós colocamos uma BFF na sua vida, e ela te amou exatamente pelo seu jeito diferente de ser... sua maior vergonha, era e ainda é a maior alegria da sua amiga, que é sua risada. Solta esse medo Alininhe, você tá caminhando... e caminhando está vendo nascer tantas sementinhas que demoraram pra brotar, você as vezes esquece de regar, mas sempre volta e não é um trabalho perdido, por isso estamos aqui, brotando em seu coração uma nova onda de Milagres.
A medicina tá falando que você não vai esquecer essa nova consciência que você caminhou e encontrou. NINGUÉM precisou vir aqui validar pra você, porque tá aqui dentro, e erê não vai mentir porque Vovô ensinou que nem vale a pena isso... depois dá um trabalhão pra resolver, hihihi... Esse presente é pra você, porque você sabe muito bem que quando sua fé se manifesta, quando você se entrega verdadeiramente tudo acontece. Agora se abraça, sente o choro aliviar, sente a paz que é a diferença de um choro de tristeza e um choro de emoção! Vamo, vamo, vamo... olha suas irmãs na cabaninha de calor, você vai gostar muito e vai aguentar, pois está feito! 
Acredite sempre na sua fé, ela move montanhas e abre todos os caminhos... hihihi"


03:33 pm.
Tribo do Jaguar - Sobe sem Medo - Curandeira Iemanja  

Canalização de Insight com energia da minha guia Erê, não sei seu nome, mas me emociona conhecê-la... me fez chorar da primeira linha até a útima.
Gratidão minha mãe Yemanja, pela sua guiança em minha vida, pelo seu poder milagroso de mudar minha vida sempre que o eu grito por socorro. 

Agradeço imensamente minhas irmãs de caminhada, as manas do Sagrado Feminino do Canto dos Ancestrais. A importancia de cada uma na minha é indescritível. A força e a medicina de cada uma me auxilia, ajuda e torna o caminhar menos dolorido. Que honra a minha participar desse grupo comprometido verdadeiramente em nossa igualdade. Somos todas capazes, respeitando o tempo e o espaço de cada uma. 

Finalizo aqui na certeza que a troca de pele foi concluída com sucesso! 
A serpente se renovou mais uma vez, na força encantada da fauna, da flora e dos encantados de todos os mundos!

Viva a transmutação mágica e divina. 



sexta-feira, 2 de junho de 2023

blooding heart

Eu sou apenas alguém. Ou até mesmo ninguém... Talvez alguém invisível que a admira à distância sem a menor esperança de um dia tornar-me visível.
E você? Você é o motivo do meu amanhecer e a minha angústia ao anoitecer.
Você é o brinquedo caro e eu a criança pobre, o menino solitário que quer ter mais do que pode. Dona de um amor sublime mas culpada por querê-lo como quem a olha na vitrine, mas jamais poderá tê-la.
Eu sei de todas as suas tristezas e alegrias, mas você nada sabes. 
Nem da minha fraqueza, nem da minha covardia... nem sequer que eu existo.
E como um filme banal entre o figurante e a atriz principal, meu papel era irrelevante para contracenar no final.



inteligência artificial

engraçado como se dão os motivos para chegar até aqui.
não muito interessa os acontecimentos, minha cabeça não é mais a mesma. 
o coração teima em ser o mesmo, porém não é mais.
penso que posso resgatar costumes, gostos, hobbies... mas não funciono mais da forma antiga.
e quantos comportamentos passados ainda me destroem? por que ainda há dificuldade para desapegar daquilo que é necessário? onde encontro a fórmula secreta?
porque no passo que traço meu caminho, ainda é na lentidão que as coisas acontecem.
é devagar que vou chegando, enxergando... mudando, aceitando, desapegando, aprendendo, tentando... e tentando... e tentando.

sabe-se lá o intuito dos sentimentos que as fotos de I.A. mas me ver em outras "formas" trouxe uma autoestima ilusória daquilo que poderia vir a ser, ou se já fui... e aceitar que não é a verdade do presente. QUE LOUCURA!

também passamos pelo enfrentamento das faíscas platônicas que assolam meus pensamentos e emoções.
por que dominas tanto meu pensar?
qual o objetivo dessa nutrição de apenas um lado, apenas uma parte interessada?
já tentei gritar por ajuda para que alguém possa intervir nessa situação...
"É SUA ATITUDE QUE FALTA!"
se eu pudesse descrever a dor que é ouvir isso, é como se naturalmente eu fosse incapaz de encarar a situação... no fundo ainda tento me convencer que tudo o que criei não passa das minhas próprias projeções, e aos menores sinais eu reativo uma chama que somente eu tenho ciência e alimento.

"Eu apenas queria que você soubesse Que aquela alegria ainda está comigo E que a minha ternura não ficou na estrada Não ficou no tempo presa na poeira Eu apenas queria que você soubesse Que esta menina hoje é uma mulher E que esta mulher é uma menina Que colheu seu fruto flor do seu carinho Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta Que hoje eu me gosto muito mais Porque me entendo muito mais também E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora É se respeitar na sua força e fé E se olhar bem fundo até o dedão do pé Eu apenas queira que você soubesse Que essa criança brinca nesta roda E não teme o corte de novas feridas Pois tem a saúde que aprendeu com a vida"

- gonzaguinha.

terça-feira, 25 de abril de 2023

Hoje vou escrever, doa a quem doer.
Óbvio que só dói em mim, a partir do momento que meus textos são desabafos para eu mesma. Até que algo seja necessário ser compartilhado.
Sem segredos e sem divulgações. 
Quantas vontades cabem dentro de uma pessoa sedentária, parada, travada e quieta em sua maior parte? Quantos universos não explorados ainda? Quantas potências nem ao menos descobertas? 
Me curar de mim tem sido a jornada mais longa e esquisita da minha vida. 
É tanta queda com gosto de gratidão. É tanta gratidão com sensação de angustia. 
Eu aprendi a ser grata até mesmo pela minha melancolia e minha facilidade de olhar pro abismo e flertar com a morte. Não me sinto obscura por isso, mas faz parte da minha história.
E tem essa nova versão minha querendo ser vista, querendo fazer diferente, num corpo crescido com antigos padrões, com falta de amor e hoje com falta de disposição.
Eu tento muito mudar os pensamentos, mudar as atitudes e tudo que cerca esse desafio insano que é me amar.
É só pedir pra pensar nisso que muitas coisas chegam para interferir na concentração, no foco em mim mesma. E se vem, chega em forma de Creep do Radiohead... o que foi aquele dia na estação de metrô em SP, entre trabalho e faculdade? Sem forças para andar, sem forças pra parar de chorar. A multidão NUNCA me impediu de desabar, na verdade a sensação de vazio no coletivo era até mais convidativa à dor do que o conforto... são muitas consciências e nenhuma se conecta à sua. Que loucura! A dor no peito de se sentir um nada, ocupando um grande espaço ao mesmo tempo. 
O dilema de ser gorda e se sentir invisível. Será que um dia acaba? Porque não há lugar que eu ocupe que não sinta essa necessidade de tentar caber, de tentar não incomodar e nem invadir o espaço dos outros.
Ser grande e engolir pessoas dentro dos meus abraços, mas ao deitar sonhar e ser abraçada tanto quanto.
Ao que busco o auto amor, também busco ser amada, não apenas por mim... mas a invisibilidade como mulher me desanima ao ponto que somente quem sou se sobressai: a mãe que sempre foi amiga de todos.
Reconheço meu mérito como amiga foda que sei que posso ser... Mas quanto desejo ainda será ignorado e auto-negado, ao longo dos passos. Meu corpo dói todos os dias, imagino que não tenho merecimento de ter alguém, de receber um olhar de me sentir interessante.

A verdade é que eu só queria saber se existe lugar no mundo para quem não se encaixa em seus próprios pensamentos?




... she sing!

sexta-feira, 24 de março de 2023

coisa mais louca que é adoecer e se forçar a permanecer em pé, firme e confiante! 
confesso não ser meu mood favorito.
sinto falta da ilusão de não precisar trabalhar, de não precisar fazer absolutamente nada. nem sempre é possível acessar esse lugar, por mais que seja um sonho.

ainda me pergunto: até quando eu vou aguentar? será que tenho saúde mesmo pra isso? por que tanto morde e assopra?

a sensação de ver a vida se esvaindo pelo ralo, e ainda sim tanta gente contando com você... estendendo a mão pra te ajudar e tentar fortalecer no que for possível. isso me assusta um pouco, ou muito. mensagens aleatórias perguntando se estou bem.


segunda-feira, 13 de março de 2023

dias de luta... dias de luta

Não que minha busca se resuma em torno dos dias de glória. 
Mas me questiono quanto tempo ainda existe de resistência. 
Por ontem achei que não conseguiria levantar da cama... por hoje, sei que os remédios estão fazendo efeito. De qualquer forma, o quão difícil e lento são os processos dolorosos da vida. 
Realmente essa troca de pele, por algum padrão desconhecido, precisa ser tão sofrido, sentido e surtante... quando eu penso que sosseguei, algo brota do nada e dá errado.
A cabeça a milhão.
Contas atrasadas.
Despesas de casa defasadas, o que me leva a gastar mais com alimentação.
Mais um dia que a Alexia chora de manhã, mais uma vez por saudade de mim.

Pra onde será que vou pra ela me sentir tão distante? Onde está indo meu EU que não consigo suprir nem o emocional da minha cria. 
Será que me entreguei a falta de vontade de de viver? Mesmo sendo grata e orando diariamente pela vida? As vezes essa sensação de que estou partindo me domina... acredito que seja sim novas demonstrações de auto-extermínio, mas o bizarro 
é estar leve, mesmo com o peso desse tema. 
As pessoas se preocupam de longe, é um lance estranho, mas a verdade é que se você não tem uma rede de apoio sólida, daquelas pessoas que olham tua louça acumulada e não te veem como preguiçosa e sim como alguém que ta no limite, ou até extrapolou o limite do cansaço. 
Me perguntaram violentamente: "Tá, e você precisa de quê?" antes mesmo de entenderem a trava que é pedir ajuda quando se está nessa posição. 








Que a Deusa continue olhando por nós.
Que nossos sagrados Orixás atendam nossas demandas.
Que nossos guias continuem embalando e abrindo nossos caminhos. 

Agradecendo independente das dores. 💜


terça-feira, 7 de março de 2023

i think we have an emergency

eu acho que vou morrer cuidando do meu passado.

num sentimento misto de impossibilidade de apagar aquilo que fui.

na ilusão de buscar algo que preencha o que não houve.

na crença da existência de algo que ainda não vi.

a sensação de nostalgia me lembra de estar viva.

o coração bate tão forte. 

i can't stop listening 2000's emo playlist.

de tantas diferenças que ainda hei de me comparar, não troco minha juventude por nada.

o fatídico adoecimento poderia não ter vindo.

a criança poderia finalizar seu processo de crescimento com mais auto amor.

quem me ensinou que não mereço o amor desde os 12 anos?

o problema de abraçar um lado sombrio por tanto tempo, é a demora que causa para se libertar de tantos padrões auto-destrutivos.

eu não tenho culpa.

tenho culpa?

prefiro crer que não. 

prefiro a ilusão do MAKTUB.

preciso preencher o que falta com fé... no que não vejo, mas sinto.

e pra sentir, preciso nostalgiar.


gracias dou a minha construção.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Nem sempre há silêncio. Por opção, sempre há barulho. Para pensar, para deixar fluir… ao menos uma música se faz necessário. Smiths nunca erra na busca do meu cerne.

Se fez urgente a ação de voltar a escrever. Percebo traços tóxicos para com os ouvidos que me cercam, agradeço a cada um, porém entendo que nem tudo é para se falar, nem tudo é para se ouvir, nem tudo é para se saber. Afinal, alguém quer saber de alguma coisa? Percebo que há busca, percebo que sou canal de conhecimentos específicos, me satisfaço na idéia de que tenho algo a acrescentar. 

Mas as vezes no silêncio, parece que toda essa construção se desfaz. Logo entendo a atividade cerebral me questionando: sabotagem ou ação? Antes de iniciar a escrita, passei +20 minutos nas redes sociais, e por algum motivo, pela segunda vez na vida, o insight: o que isso está me acrescentando? 

Esse ano, 2023, fui convidada a crescer. Mas como, se o tempo todo a gente tá crescendo, em tantas áreas? Quando regredi? Será que foi aquele convite de cura, aquela passagem para o coração de uma criança? E assim me permiti regredir a tantos pontos passados… tem sido uma jornada e tanto! 

Por que escrever? Por que essa necessidade de colocar pra fora? Ainda me falta uma nutrição, uma coragem que não sei onde encontrar. Um medo cerca na busca de querer e não conseguir ser. Tanta coisa pra ser colocada pra fora. Tanta coisa para jogar ao vento, para que esse mesmo vento sopre nos ouvidos que precisam por bem ou por não tão bem assim, rs.

Primeiro eu precisei renascer, eu me pari na mais verdadeira entrega ao feminino sagrado que sou, que é, que somos. Reaprendi tanta coisa. É urgente que se torne ação, entendo que minha cabeça não aguenta mais guardar tanta informação.
Cara, eu precisei tomar uma picada de escorpião para ter imunidade para o que estava por vir! Como um guia, O Louco me convidou a caminhar beirando o abismo, que me olha e deixa ser olhado. Isso é muito sobre minha depressão, reconhecê-la sempre, mas não deixá-la dominar quem eu pretendo ser. Que luta, meus caros, que luta! 

Aqui vai mais uma autojustificativa: eu decidi escrever independente da ordem dos pensamentos. Muitas vezes a ideia parece um texto comercial, algo a se compartilhar, abri uma conta na porra do Medium. Mas eu sempre caio no meu EU bagunçadinho. Me retorno as narrativas antigas, não acho que devo me desapegar do passado, passando uma borracha. Minhas lembranças me preenchem, principalmente quando as consigo colocá-las no lugar certo: passado. Tem tantas aventuras nesse blog, que não vejo porque não depositar aqui essas paranoids.

Me aproximei de pessoas que trouxeram toda joviedade que eu havia largado mão de ser, de tentar ao menos. E assim me vi crescendo, em questão de semanas, poucos meses... uma crescente absurdamente clara, vívida diante meus olhos. Explosiva! Cheia de tesão! PQP, quantos hormônios meu corpo ainda é capaz de produzir? Gracias madrecita, por curar aquilo que a gente nem lembra. Mas aqui também mora uma fita, uma questão enorme: como administrar uma rotina que representa de fato meus 30tão... e viver com uma adolescente em transição para fase adulta querendo chutar todos os baldes no caminho. Querendo experimentar todas as experiências ao máximo. Querendo viver aquele fervor de um beijo tão esperado, de um toque desejado, de prazeres não vividos. Será que perdi tempo? Será que ele tem se apresentado como alternativa? Será que são minhas próprias ilusões e fuga de uma realidade que só mora aqui na minha mente? Que culpa carrego pelos meus pensamentos? Já me disseram que não há culpa. Então, por que não há permissão? Ação.


Walk in silence.

Nem tudo é publicável, mas uma hora sai.

muladhara

" um belo dia resolvi mudar, e fazer tudo o que eu queria fazer" HAHAHAHA não sei de onde as pessoas tiram que é simplesmente QUER...