Dois meses sem passar aqui. Me segurei muitas vezes de vir aqui e escrever lamentos temporários. Mas depois de tantos dias cultivando sentimentos ruins dentro de mim, estou enxergando o fundo do poço. E por mais emo que isso possa parecer, eu não ligo, já não sinto mais aquela vontade de 'viver'. Quando eu digo viver, é no sentido de sorrir, de acordar e se sentir bem; agradecer a Deus tudo o que Ele te oferece, todos os dias. Ando sentindo que o Sol não brilha mais pra mim, que as pessoas me viram as costas, ou que apontam o dedo na minha cara pra dizer que tenho que ser assim ou assado, tenho que agir de tal forma pra eu sair dessa 'coisa'. Eu repito que queria muito ter um Manual da Vida, quem sabe eu passaria por menos sufoco. E o pior de tudo é saber que o problema está aqui, aqui dentro... na minha própria pessoa e alma. Alma? Pff... essa está longe, está vagando por aí. Me destruo e torturo aos poucos, tanto psicologicamente quanto fisicamente, coisas que parecem simples e eu não me importo... não quero me cuidar. Minha vida não faz tanto sentido quanto fazia antes. Não que eu não acredite no recomeçar, ou sei lá o que. Por mais velha que eu me sinta, ou que realmente seja, tenho noção que sou nova pra muitas coisas ainda. Coisas que só vou conseguir entender quando meus fios brancos começarem a nascer. Mas pra que passar por tudo isso? Realmente é necessário? Por que, Deus, dói tanto achar que estou aqui pra nada e pra ninguém. Me sentir a pior das amebas, que não é notada por ninguém, e quando é... só falam o quanto essa ameba reclama das coisas sem necessidade. Será que eu me bloqueei mentalmente de um jeito tão forte, que não consigo reverter essa situação, não consigo enxergar o lado bom das coisas, não consigo 'sentir' os sentimentos alheios. Por que eu enfio na cabeça que não sou nada pra ninguém, mesmo sabendo que isso é mentira? Nem que seja apenas para meus pais, eles são ótimos motivos pra eu prosseguir, mas porque eu não sigo... qual o problema, o que há com essa alienígena? O que tá faltando, do que tanto eu preciso que eu mesma não sei dizer?

(pausa para o telefone... falar merda pra esquecer um pouco... uma hora depois.)

Sei lá, não vou concluir o pensamente, a minha bostinha me fez dar risada.

É isso, terráqueos.